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Mostrando postagens de julho, 2021

A maldição da Maria Louca

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Planaltina’s   —   Tendo em vista as performances diárias do Inominável, no cercadinho ou na internet, só nos resta constatar que está havendo a volta da Rainha Louca, a Dona Maria Primeira, mãe de João Sexto, a insana e interditada soberana de Portugal. Chegou aqui em 1808 e depois voltou lançando sobre nós uma permanente maldição: nada daria certo por aqui.  Agora, exagerou, e tem “baixado” diariamente.  Tenho que fazer aqui um apelo ao conselheiro íntimo do Inominável, o pastor Malafaia, o homem mala.  Diga para ele, severamente, pensando no tamanho do dízimo:  —  Saia daí, Maria Louca! Este corpo não te pertence! (A imagem mostra M aria I, Rainha de Portugal, pintura atribuída a Giuseppe Troni, em domínio público e disponível no Instituto Cultural Google)

Três décadas perdidas

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Planaltina’s   —   Há 33 anos, em 1988, o velocista Robson Caetano fez 100 metros em 10 segundos cravados.  Dois anos depois, o país abria  um ministério do Esporte. De certo, para explorar o potencial dos nossos atletas sempre tão abandonados.  Mas, vários ministros e secretários já passaram pela pasta e, hoje, nenhum atleta brasileiro avançou um décimo de segundo. Literalmente.  A marca de Robson está congelada no tempo e no espaço.  É o esporte mais simples: tênis, calção e água. Não tem aparelhos, veículos e bolas para atrapalharem.  É a metáfora perfeita para um país que não consegue avançar. Só constrói estruturas para desperdiçar o que a natureza nos oferece gratuitamente. É só um pouco: um décimo de segundo em 33 anos. (Foto: pixabay.com)

O olhar de NieTchê

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Planaltina’s   —   Nada escapa ao olhar do nosso atento filósofo gaúcho. Agora, dedicou-se a definir as profissões de jornalista, publicitário, assessor de imprensa e advogado. “Já dissemos em outros artigos que os jornalistas mentem e não sabem que mentem uma vez que reproduzem, acriticamente, a opinião alheia. São as fontes de supostas versões de fatos que, em geral, só interessam a pequenos grupos interesseiros”.  “Os publicitários mentem mas acreditam nas mentiras deles mesmos. Eram bem pagos para isto. Agora, perderam o lugar para os influencers, que dão testemunhos a favor de qualquer coisa, até contra eles mesmos sem saber.  Os publicitários são os novos pobres e os “influentes” os novos ricos (trataremos deles em fatias)”. Depois vêm os advogados. “Eles mentem para os juízes e para os clientes. Ao mesmo tempo. São fenômenos familiares que transitam entre o público e o privado e do outro lado do balcão em todas as reentrâncias do judiciário. De olhos bem abertos.  “As assessoria

O pelotense que foi professor do El Brujo Lopez Rega

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Com Luiz Lanzetta A primeira página da edição de 21 de julho de 1975 do Jornal do Brasil destacava o terrível e poderoso argentino Jose Lopez Rega, conhecido como El Brujo, em mangas de camisa passeando no calçadão da Avenida Atlântica, no Rio de Janeiro. A seu lado, um homem bem mais alto fumava um cachimbo: era o pelotense Claudio Ferreira, presidente à época da Casa do Comércio Brasil e Argentina e que representava em nosso país a Telam, empresa nacional de telecomunicações dos nossos vizinhos.  Claudio Ferreira era o homem de confiança de El Brujo para vários temas, além dos oficiais. Era uma espécie de "capa preta (como eram então chamados os conselheiros) que o assessorava nas suas atividades políticas, financeiras e espirituais. Do Rio, El Brujo iria para Madrid, deixando para trás o agonizante governo de Isabelita Perón com seu enorme rastro de centenas de vitimas produzidas pela Associação Anticomunista Argentina, mais conhecida pela sua horripilante sigla. A Triple A fun

Medalhas precoces

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Locutores e comentaristas olímpicos tupiniquins são promotores de frustrações. Costumam colocar medalhas de ouro no peito dos nossos atletas antes mesmo das provas.  À medida que as disputam começam para valer, eles vão mudando o discurso patri oteiro com recuadas estratégicas e muito papo furado. Passam então a usar expressões tenebrosas, como “valeu o esforço”, “só ele sabe as dificuldades que enfrentou para estar aqui”, e o inevitável após todas as derrotas: “o que importa é ter participado”. Um exemplo, agora, foi o estreante skate. Antes das competições contávamos dois ouros garantidos, masculino e feminino. Sendo que entre as damas faríamos o podium completo.  Não deu. Conseguimos duas pratas. Repórteres e comentadores brazucas nunca se lembraram de que o Japão jogava em casa… Rayssa Leal,   medalha de prata no skate street.   Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.b r

Basta um

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O agora famosíssimo jogador de vôlei Douglas fez, sozinho, esquecermos que grande parte de seus colegas, nas eleições passadas, fazia na frente das câmaras aquele número (17) que antecipava o horror que estamos vivendo hoje. Além de alegre e desinibido Douglas, o nosso vôlei ainda tem um cubano-brasileiro.  É muita mudança em tão pouco tempo.  Esse critério poderia valer também para o programa Mais Médicos também. (Foto:  Fernando Frazão/Agência Brasil, CC BY 3.0 BR)

O Picolé e o Pato

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Apronta-se uma dupla empolgante para disputar a eleição em São Paulo: Picolé de Chuchu e Pato Amarelo.  Quando peço, aos paulistas, há muito tempo, para citarem apenas cinco grandes feitos do Chuchu em seus longos 20 anos na frente do governo do Estado, ninguém completa a lista.  Mas os paulistas adoram a dinastia Chuchu. Por sua vez, o Pato Amarelo esteve no comando de uma vibrante associação industrial, a mais poderosa do país. Nos seus 17 anos de plenos poderes, inclusive do atrativo sistema $$$$, a indústria brasileira diminuiu sua presença na economia em 20%. E sumiram 30 mil empresas do mapa. No próximo pleito, o Pato Amarelo vai novamente atrás de mais patinhos... 

Onde estão os heróis?

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A polêmica sobre o atentado contra a estátua do bandeirante Borba Gato chama a atenção para outra face dessa história.  Em 300 anos, os paulistas não nos ofereceram outros heróis. Recentemente, houve um feriado estadual. Foi em homenagem a Revolução de 32. Que, se não me engano, foi uma derrota… (Foto:  Julia Heemann, no pixabay.com )

Os feridos da semana

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A frase do tucano Paulo Preto  —  “não se deixa aliado ferido na estrada”  —  não foi decorada pelo Impronunciável. Esta semana se inicia com três novos abandonados exibindo as suas veias abertas: Ernesto Araújo, o anti-chanceler, o terrivelmente evangélico Mendonça e o sicário Queirós.  (Foto: pixabay.com)

NieTchê e a validade do Apocalise

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O filósofo gaúcho NieTchê andou relendo a Bíblia enquanto sorvia uma erva quente e suspeita.  Chegou à conclusão de que, pelo Apocalipse de João  —  a maior peça de marketing do medo jamais escrita  — , os efeitos do fim do mundo durariam mil e duzentos anos.  Escritas cem depois da morte de Cristo, essas previsões de um roteiro de filme de monstro japonês dos anos 90 teriam perdido validade no século 12, ainda na Idade Média. Estão nos devendo um punhado de séculos de traumas e dízimos, assegura NieTchê. (Foto: Art Tower no Pixabay.com )

Lobistas invadem o forte Apache

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Não só o governo foi invadido pelo pessoal das Forças Armadas, principalmente os do Exército. O setor do lobby em Brasília ganhou novos concorrentes, além de antigos parlamentares e de ex-ministros. São militares da mais alta até a mais baixa patente. Parece que há representação comissionada de negócios para todos. Até para um cabo da PM. Os lobistas profissionais têm duas associações que lutam há anos para o reconhecimento da função, eufemisticamente chamada “relações institucionais e governamentais”. Qualquer hora vão ter que invadir o Forte Apache para pedir ao pessoal de lá que desista do serviço, que está sendo malfeito, desmoralizando a atividade. Nunca houve denúncias tão escabrosas de intermediação de compras governamentais. Mas atenção: em Brasília o pessoal grava tudo! E justamente em volta do general “Pantaleão e as vacinadoras”, personagem calcado naquele criado por Vargas Llosa para o Peru amazônico, mas que cabe bem aqui. O mais recente vexame foi proporcionado pelo gener

A compra do amor sincero

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Em plena discussão da indicação de um evangélico radical para o STF, relembrem as indicações do período petista para a corte. Sem juízo de valor e exigências de autocrítica: Cezar Peluso, Carlos Ayres Britto, Carmen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Joaquim Barbosa e José Antônio Dias Toffoli (Lula) Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber (Dilma). Carlos Alberto Menezes Direito e Teori Zavascki morreram no cargo. O amor ao Supremo não é um sentimento exclusivo dos Bolsonaro. (Imagem: Supremo Tribunal Federal, Brasília. Foto: Leandro Ciuffo - Flickr, CC BY 2.0, wikimedia.)

Para te comer melhor

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Um antigo ditado dizia: que venha a vaca, mas em fatias. Este é o estado do Posto Ipiranga. Como era uma peça muito grande, está sendo destrinchado. Está indo para frigideira como bifes de família grande. Bem fininhos para render muito.

O fio dental do fundão

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O filósofo gaúcho Z. NieTchê, já dizia nas eleições passadas que só aceitaria recursos do fundão se eles viessem de fio dental. Fundão é assim como comissionamento e o pixuleco. Deve ser tratado em lugares úmidos. Bolsonaro recomenda a piscina, com trajes sumários, como fazia seu velho líder Paulo Maluf. Sérgio Motta, o Serjão, mitológico privatista tucano, preferia na sauna sem roupa. Nem posso imaginar Delúbio e Marcos Valério “nudes”. Mas o atual fundo eleitoral, como quer a maioria do Congresso, é pornografia política. Devia ser jogado ao mar. “É o moto perpétuo do fisiologismo. O tesouro financia quem vai atacá-lo sem piedade para sempre”, comenta o filósofo da Sanga Funda. (Foto: Claudio Scott, no pixabay.com )

Centrão faz rachadinha com Bolsonaro

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A ida do senador Ciro Nogueira para o Planalto fecha a conta. Agora o Centrão tem o controle total do orçamento. O senador Ciro é aquele que dirige a mesma saudação a todos os que chegam ao topo do Poder Executivo: —  Melhor que o senhor, presidente, só o próximo! Cabe perguntar: O princípio que regerá essa relação será o mesmo que imperou no gabinete dos Bolsonaro a vida toda? Ficará o Centrão com 90% pagando um pixuleco de 10% para a famiglia? Para os Zeros ao infinito, é uma boa comissão. Podem continuar fazendo o que já fazem: não trabalhar. Motociatas todos os dias. Para o Centrão será uma moleza, já que a matemática do Zero à direta não tem comprovação ainda. Só tem o sinal de +. Vai somar 90 com 10 e achar que o Queirós vai ficar com tudo para o Minha Casa Minha Vida do Rio das Pedras. Ingênuo era o ministro Mário Simonsen, do tempo da ditadura. Ele achava que ficaria mais barato para o Tesouro pagar só o “comissionamento” aos intermediários, civis ou não, deixando de fazer as o