Lobistas invadem o forte Apache


Não só o governo foi invadido pelo pessoal das Forças Armadas, principalmente os do Exército.

O setor do lobby em Brasília ganhou novos concorrentes, além de antigos parlamentares e de ex-ministros.

São militares da mais alta até a mais baixa patente. Parece que há representação comissionada de negócios para todos. Até para um cabo da PM.

Os lobistas profissionais têm duas associações que lutam há anos para o reconhecimento da função, eufemisticamente chamada “relações institucionais e governamentais”.

Qualquer hora vão ter que invadir o Forte Apache para pedir ao pessoal de lá que desista do serviço, que está sendo malfeito, desmoralizando a atividade.

Nunca houve denúncias tão escabrosas de intermediação de compras governamentais. Mas atenção: em Brasília o pessoal grava tudo!

E justamente em volta do general “Pantaleão e as vacinadoras”, personagem calcado naquele criado por Vargas Llosa para o Peru amazônico, mas que cabe bem aqui.

O mais recente vexame foi proporcionado pelo general Mourão, escalado para fazer lobby em Angola para os negócios milionários do bispo Edir Macedo.

O General atravessou o oceano com dinheiro público para defender o pagamento do dízimo pelos pobres africanos. Foi mal-recebido. Voltou de mãos vazias.

Um dos zeros à esquerda presidencial também se apresentou como lobista na capital, ainda sem ter familiaridade com qualquer serviço. Como o pai em relação a presidência.

(Imagem: Quartel General do Exército em Brasília (o "forte apache"). Foto: Lucas de Melo  CC BY 2.0 wikimedia.)


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