Medalhas precoces

Locutores e comentaristas olímpicos tupiniquins são promotores de frustrações. Costumam colocar medalhas de ouro no peito dos nossos atletas antes mesmo das provas. 

À medida que as disputam começam para valer, eles vão mudando o discurso patrioteiro com recuadas estratégicas e muito papo furado. Passam então a usar expressões tenebrosas, como “valeu o esforço”, “só ele sabe as dificuldades que enfrentou para estar aqui”, e o inevitável após todas as derrotas: “o que importa é ter participado”.

Um exemplo, agora, foi o estreante skate. Antes das competições contávamos dois ouros garantidos, masculino e feminino. Sendo que entre as damas faríamos o podium completo. 

Não deu. Conseguimos duas pratas.

Repórteres e comentadores brazucas nunca se lembraram de que o Japão jogava em casa…

Rayssa Leal,  medalha de prata no skate street. Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.br

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