Os atletas que encolheram


São três décadas de regime democrático. Nossa marca na prova dos 100 metros rasos ontem foi 30% menor que a de 1988 
 aí já são 33 anos para trás. Um pouco maior que a duração dos governos que dirigiram nosso esporte. 

Ontem deixamos o registro na pista de 100 metros o percurso completado em 10,31. Um atraso de 10 segundos por década. 

Não vou falar nomes de atletas. Eles são os inocentes nesta longa pandemia de incompetências municipal, estadual e Federal. A culpa é das políticas públicas de algumas áreas, como esporte e educação. Sem falar na grande injustiça da distribuição de renda. 

Esta é uma coluna de bobagens. Não é jornalismo investigativo e de opinião de atrelada a interesses pouco disfarçados. 

Já disseram o que salvou foram as bolsas. Eu acho ótimo: as bolsas nos livram dos governos propineiros. Incluam-se todos.

É só fazer um cadastro nacional e um Pix geral para as transferências bancárias. Sem intermediários. Uma certa distribuição de renda estaria feita sem precisar de salvadores da pátria, de dízimos e pixulecos  cobrados pelo caminho:

Já tivemos vale gás, bolsa escola, bolsa atleta, meia entrada, incentivos à cultura e ao esporte, cesta básica, merenda escolar, bolsa família, vales transporte e alimentação, farmácia popular e soldado da borracha. E outras que podem vir. O brasileiro pode viver muito bem sem pagar a bolsa deputado de 6 bilhões e as estruturas ministeriais inúteis e dispendiosas em suas corrupções. 

O problema será falsificarem o cadastro. Já fizeram. 

Voltemos aos 100 metros. Esta coluna de insanidades propõe que, para baixar dos 10 segundos nesta prova urgentemente, a distância passe a ser de 80 metros. 

Já fazemos coisas assim com rolo de papel higiênico, a dúzia de 10 ovos e o quilo de 800 gramas. Temos tecnologia nacional.

(Foto: "meramente ilustrativa" commons.wikimedia.org, CC BY 2.0)

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